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Encontrão dos 30 anos do Repórter do Futuro reúne diferentes gerações na Cinemateca Brasileira




Por Thaís Manhães


Promover reencontros e discutir novos caminhos para o Projeto Repórter do Futuro (PRF) foi a tônica do Encontrão promovido pela OBORÉ neste último fim de semana, na sala Oscarito da Cinemateca Brasileira. Evento reuniu coordenadores, professores, estudantes e ex-alunos de diferentes gerações em uma programação organizada pela Cinemateca que envolveu sessões de cinema na 3ª Mostra SAC e a Feira Sabor Nacional.


No sábado (7) e no domingo (8), Ana Luisa Zaniboni Gomes e Sergio Gomes, diretores da OBORÉ, encabeçaram um papo com os presentes para ouvir depoimentos sobre suas experiências com o projeto e lembranças dos cursos que frequentaram. Houve também um papo franco sobre o mercado jornalístico atual com a presença de João Paulo Charleaux, jornalista, escritor e analista com colaborações em veículos como Folha de S. Paulo, Nexo e revista Piauí.


Charleaux foi aluno do Repórter do Futuro, nos anos 1990, e estagiário na OBORÉ durante sua graduação. Durante a conversa, além de compartilhar suas experiências de repórter e editor em grandes veículos, abordou temas polêmicos e caros para a geração z e y como abuso moral, gestão de estresse e dinâmicas profissionais.


O projeto, que nasceu em dezembro de 1994 no antigo Comitê de Imprensa da Assembleia Legislativa de São Paulo, cuja sala chamava-se Vladimir Herzog, já contribuiu para a formação de mais de 3.000 estudantes de Comunicação, em especial do Jornalismo. Sergio Gomes, idealizador do projeto e seu principal coordenador, explica que a base do PRF é unir cinco pontas soltas: estudantes interessados, professores dedicados, profissionais que têm índole de professor, mas não estão nos quadros das universidades, especialistas de diferentes áreas d conhecimento e estadistas, ou seja, pessoas que pensam politicamente o Brasil e seu povo.


“Trinta anos depois, estamos fazendo o primeiro Reencontrão. Com o relato dos que vieram nesta comemoração, vamos reconstruir, refundar o projeto Repórter do Futuro a partir do ano que vem, com uma participação ativa e criativa dos mais jovens”, afirmou Sergio Gomes.


Um dos pontos positivos levantados por aqueles que já passaram pelo projeto é o estímulo à colocar a “mão na massa”, ou seja, fazer uma reportagem do começo ao fim, espaço que muitas vezes não há na faculdade. Vale destacar que, a cada módulo do projeto, a coordenação sugere uma atividade prática chamada “operação ponto final” – momento em que se formam grupos de alunos para a produção de uma reportagem de fôlego sobre um ou mais temas discutidos ao longo do curso. Além do estímulo à prática, o contato com fontes especialistas e profissionais renomados de diferentes áreas também foram apontados como diferenciais do projeto.


No Encontrão, novas propostas apareceram, como módulos de reciclagem para jornalistas já formados, apostar mais em módulos presenciais, estratégias de pensar e fazer jornalismo dentro das redes sociais e estímulo à produção das peças jornalísticas em formato audiovisual.


Todos os módulos contam com o apoio do Instituto de Pesquisa, Formação e Difusão de Políticas Públicas e Sociais - IPFD.


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